Foto: Ciciro Back |
O consumidor deve verificar se o brinquedo tem garantia continua após a publicidade |
O ?Dia das Crianças? está se aproximando e para o comércio é época de vendas. Porém, o Procon-PR recomenda alguns cuidados necessários para garantir que o presente da meninada não se torne uma dor de cabeça.
Para ser comercializado, é necessário que o brinquedo tenha o símbolo da certificação do Inmetro, que é a garantia de que esse produto passou por uma série de testes que asseguram qualidade, durabilidade e segurança. O selo da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), também deve constar na embalagem.
O coordenador do Procon, Algaci Túlio, orienta que além dos selos, é importante observar, na embalagem, a faixa etária para a qual o brinquedo é indicado, as instruções de uso e recomendações. As informações devem estar em português e lidas com cuidado. ?Além disso, o nome do fabricante ou importador também deve constar, para que o consumidor saiba a quem procurar no caso de dúvidas e reclamações?, disse.
Algaci frisa que se deve dar preferência a produtos vendidos no mercado formal, pois, em caso de acidente, pode-se buscar a responsabilidade. ?Esses estabelecimentos trabalham com produtos acreditados e com nota fiscal, o que facilita na hora de exercer os direitos de cidadão, em caso de perdas e danos, já que os brinquedos também estão sujeitos ao Código de Defesa do Consumidor?.
Brinquedos
O consumidor não deve comprometer de maneira alguma o orçamento doméstico com a compra de brinquedos. É fundamental pesquisar preços e, de preferência, evitar compras no crediário, em razão dos juros altos, além de pedir desconto nos pagamentos à vista. Dessa forma, podem ser evitados futuros transtornos financeiros em razão de uma compra mal planejada.
Na hora de escolha, é preciso lembrar que os brinquedos destinam-se às crianças e que um bom brinquedo estimula a imaginação e desenvolve a criatividade.
O coordenador do Procon enfatiza ainda que para crianças pequenas é preciso evitar brinquedos com pontas, arestas cortantes, peças pequenas e materiais aromáticos, que podem ser confundidos com doces, chocolates ou frutas, pois podem ser facilmente ingeridas ou aspiradas.
Ele cita que um levantamento recente, realizado pela Pro-Teste e a Associação Médica Brasileira, em grandes hospitais de São Paulo, revelou que 60% das vítimas de lesões causadas por produtos com defeito e serviços prestados eram crianças, sendo que 38% se machucaram com os seus próprios brinquedos ou com material escolar. Grande parte teve o nariz ou o ouvido obstruído.
Se a opção é a de presentear com um eletro-eletrônico, como vídeo games ou computadores, esse pode ser testado na loja antes da compra. Vale conferir o funcionamento, conteúdo e aparência do produto e não se iludir com propagandas e anúncios. O telefone celular também é um presente muito requisitado nesta data.
Mas, o consumidor precisa levar em conta o gasto adicional no orçamento doméstico gerado por ele. Além disso, certificar-se da real necessidade do presente e se é apropriado para a idade da criança.