A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) continua negociando com o Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda e Região para tentar evitar a primeira greve da empresa em 17 anos. A direção da siderúrgica e os representantes dos trabalhadores devem se reunir, "a qualquer momento", afirmou esta manhã o presidente do sindicato, Renato Soares Ramos. Os empregados da CSN permanecem em estado de greve desde sexta-feira.
As negociações estão sendo retomadas após ter terminado sem acordo uma reunião de cinco horas de duração, iniciada ontem às 20 horas e encerrada na madrugada desta quarta, por volta de 1 hora. A direção da CSN apresentou duas contrapropostas, negadas pelos trabalhadores, que apresentaram uma alternativa à reivindicação inicial de reajuste pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC, de 3,44%), mais 6% de aumento real e 33% de reposição por perdas salariais.
Os trabalhadores pediram 10% de aumento real e R$ 3 mil de abono após terem recebido a última proposta da CSN na reunião de ontem, que inclui reajuste pelo INPC mais 2% de aumento real e R$ 1 mil de abono em junho. Após assembléia realizada nesta manhã, os empregados da CSN decidiram retomar as negociações. Além dos 8 mil funcionários de Volta Redonda, os 500 trabalhadores da mina Casa de Pedra, em Minas Gerais, pertencente à CSN, permanecem em estado de greve. Ramos afirma que se não houver acordo, "a greve não passa desta quarta".