A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) apresentou hoje uma oferta formal de 515 pence por ação (em dinheiro) pela anglo-holandesa Corus, superando a proposta melhorada da indiana Tata Steel. Ontem à noite, a Tata elevou seu lance de 455 pence para 500 pence por ação, avaliando a companhia em 4,7 bilhões de libras esterlinas. Hoje, a CSN passou a avaliar a Corus em aproximadamente 4,9 bilhões de libras (US$ 9,57 bilhões), um prêmio de 3% ante a oferta da concorrente.
No domingo, o conselho da Corus havia recomendado a oferta elevada da Tata. No entanto, a CSN afirmou em comunicado hoje que sua oferta foi recomendada pelo conselho da Corus. De acordo com a siderúrgica brasileira, citando o chairman da Corus, Jim Leng, "a oferta é superior a proposta inicial da CSN e ao valor revisado da Tata, de 500 pence por ação. Isso também é consistente com nossos objetivos estratégicos de garantir acesso às matérias-primas, produção de baixo custo e mercados em crescimento".
A CSN afirma que há uma "estratégia atraente e lógica industrial", já que a brasileira daria à anglo-holandesa acesso aos seus suprimentos de minério de ferro, aumentaria a produção de aço semi-acabado de baixo custo, além de sinergias antes de impostos de US$ 300 milhões até 2009.
Em 20 de novembro a CSN indicou que estava preparando uma proposta de 475 pence por ação, mas o anúncio formal foi adiado em razão de demandas por salvaguardas feitas pelos fundos de pensão da Corus, segundo pessoas próximas da situação informaram à Dow Jones Newswires na sexta-feira.
Os fundos de pensão pediam que a CSN melhorasse o lance original da Tata, que prometeu injetar 126 milhões de libras para eliminar um déficit nos dois menores fundos de pensão da Corus, além de elevar, até março de 2009, as contribuições para o maior destes fundos. A siderúrgica brasileira informou que irá pagar 138 milhões de libras e aumentar a taxa de contribuição de 10% para 12% até 31 de março de 2009.