O candidato do PDT à Presidência da República Cristovam Buarque afirmou nesta quinta-feira (17) em Cuiabá que, se for eleito, vai aplicar mais R$ 7 bilhões na educação em 2007, além do repasse constitucional obrigatório do Orçamento da União. Em quatro anos esse montante seria elevado para R$ 20 bilhões.
Segundo o candidato, os recursos viriam do próprio orçamento do governo e do lucro de todas as estatais. "Só uma revolução na educação vai conter a criminalidade e a guerrilha urbana que esse País se transformou", disse Cristovam.
Buarque disse que se considera um candidato subversivo por defender um pacto nacional pela educação dos mais jovens como plataforma eleitoral. Segundo ele, daqui a cinco anos a situação da segurança pública se tornará ainda mais explosiva caso não ocorram investimentos maciços no setor educacional. "A educação não é vista como o eixo transformador. Só com uma revolução na educação é que todas as crianças vão construir a paz no Brasil", disse o candidato.
Apartheid – O pedetista qualificou de "apartheid" a política educacional do governo do PT, embora tenha sido ministro por 12 meses no governo de Luiz Inácio Lula da Silva. "Um partido não sobrevive com uma educação desigual. Nós não somos um povo onde a educação não é a razão central", salientou ele.
Cristovam chegou a Cuiabá no final da manhã. Em seguida se deslocou para o centro da cidade onde pediu votos para os candidatos pedetistas da região e divulgou a sua plataforma de campanha: a educação. "Sou um subversivo por defender a educação. O PT é um partido acomodado e vamos ter uma candidatura de alternativa para o Brasil", afirmou o senador.
Após caminhada, Buarque e lideranças do partido no Estado almoçaram no Palácio Paiaguás com o governador Blairo Maggi, candidato à reeleição. Eles discutiram sobre a crise do agronegócio e a desvalorização do câmbio. No final da tarde o senador viajou para São Paulo, onde participa amanhã do ciclo de entrevistas Eleições 2006 no Estadão.
