O candidato do PDT à Presidência da República, Cristovam Buarque minimizou hoje, em campanha pela cidade de São Paulo, a importância das pesquisas de intenção de voto em sua campanha. Elas o apontam como 4º colocado na disputa com 1% dos votos.
Cristovam disse que tem a pretensão de crescer nas pesquisas, mas para isso não mudará seu discurso. Apresentando-se como uma das alternativas à mesmice que representa Lula e Alckmin, ao lado de Heloisa Helena do P-Sol, Cristovam disse que diferentemente dos dois, ele tem um projeto a longo prazo para o País. "Lula e Alckmin falam o que o povo quer ouvir e prometem mudanças grandes em pouco tempo. Isso não é possível. Quero começar a mudança que será substancial daqui 20, 30 anos.
Cristovam afirmou ainda que a disputa entre PT e PSDB não é ideológica e sim de poder. "Os dois partidos disputam o mesmo espaço em São Paulo e transferiram o embate para o campo federal. Se, por exemplo, o PT fosse mais forte em Minas Gerais, os dois partidos já estariam juntos", afirmou Cristovam.
O pouco tempo de TV (dois minutos e 23 segundos) reservado pelo TSE ao candidato do PDT, também não o preocupa. "Nesse tempo eu posso, com a ajuda de uma equipe de publicitários transmitir minhas propostas sem mentir e sem o marketing que transformaram os dois principais candidatos (Lula e Alckmin) em robôs.
O candidato continuou o mesmo discurso. "Se eu tivesse os 10 minutos de Alckmin, não precisaria de uma equipe de apoio. No máximo um quadro negro para eu mostrar aos eleitores que dá para mudar", afirmou o professor Cristovam, que já foi reitor da Universidade de Brasília (UNB).