O candidato à Presidência pelo PDT, Cristovam Buarque, disse que nasceu para a política no dia da morte do então presidente Getúlio Vargas: 24 de agosto de 1954. "Tinha dez anos quando morreu Vargas, o homem que foi o maior estadista deste país", lamentou. "Estamos aqui hoje para reafirmar este compromisso que cumpriremos através da revolução na educação que faremos se eleitos presidente deste país", disse em discurso em São Borja, nas comemorações dos 52 anos da morte de Vargas.
Cristovam ressaltou o simbolismo da cidade de São Borja para a história do Brasil. Ele prometeu que, se eleito presidente, fará com que os direitos trabalhistas sejam universalizados e ampliados a todos os brasileiros – a partir da educação. "Hoje uma imensa quantidade de brasileiros estão excluídos", afirmou. Ele defendeu a federalização da educação básica no Brasil. "Continuará o sistema atual de ensino, mas vai ter que cumprir padrões nacionais.
O candidato defendeu que os professores tenham bons salários em todas as cidades. "Apresentei um projeto de lei que já passou pela Comissão de Educação do Senado, em que o piso salarial seria de R$ 800 para os professores que tem o ensino médio e R$ 1.100 para os que têm o ensino superior, mas a minha proposta é dobrar este salário em quatro anos", disse. Isso custaria, segundo disse, R$ 7 bilhões. Cristovam justificou que não implementou seus projetos educacionais quando foi ministro do atual governo porque o presidente Lula não permitiu.