Na avaliação do senador, as medidas na área social vão trazer benefícios muito superiores aos R$ 275 no salário mínimo proposto pelo PFL. ?Não são R$ 15 que vão fazer a diferença. Quero colocar essas propostas como anexo da Lei de Diretrizes Orçamentárias, e farei o meu compromisso em votar pelos R$ 260?, ressaltou.
Alguns senadores da base aliada anunciam no entanto que vão votar contra o governo por temer que as medidas na área social não sejam colocadas em prática. É o caso do senador Paulo Paim (PT-RS), que reiterou hoje a sua posição contrária aos R$ 260. ?Cartas de boa intenção eu tenho pelo menos uma dúzia. A PEC paralela da Previdência, que também surgiu de um acordo, até hoje não foi votada?, lembrou.
A oposição também usa o mesmo argumento. O senador Siqueira Campos (PSDB-TO) reforçou o discurso de Paim, e disse que o governo não vai cumprir o acordo do ?pacto social? como não cumpriu o da PEC paralela da Previdência. ?Eu acreditei em Papai Noel até quatro, cinco anos de idade. E acreditei na PEC paralela. Não vou acreditar em mínimo paralelo?, disse.
O senador Cristovam Buarque dividiu o pacote de ações de acordo com a possibilidade de serem implementadas pelo governo. Primeiramente, o senador sugeriu algumas medidas sem custos imediatos para o governo, como a garantia de vagas para crianças em escolas mais próximas às suas casas, a definição de um piso salarial para os professores do ensino básico, a obrigatoriedade do ensino médio, e a recuperação do salário mínimo. Já entre as medidas que têm custos previstos no Orçamento e no Plano Plurianual, o senador sugere a continuação do programa Brasil Alfabetizado e a criação da Poupança-Escola.
O senador também apresenta ações que terão custos a serem estimados em cronograma pelo governo, como o aumento do Bolsa-Família, a gratuidade de remédios a aposentados, a viabilização da reforma agrária e a antecipação do programa renda mínima, entre outras. ?Eu ainda acredito na palavra do presidente. Há muitas pessoas desconfiadas, mas eu acredito?, disse Cristovam.
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