Diversos motivos azedaram o humor do mercado financeiro ontem. Além das preocupações com a economia americana, com o golpe de Estado na Tailândia e com a turbulência institucional na Hungria a crise política brasileira acendeu o sinal de alerta dos investidores. O risco país disparou 7,02% e atingiu 244 pontos. O dólar subiu 1,47%, para R$ 2,209, o maior nível desde 14 de julho. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) recuou 1,04%.

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O cenário instável desencadeado pela suposta tentativa de compra de um dossiê contra o candidato tucano ao governo do Estado de São Paulo, José Serra, vinha sendo praticamente ignorado pelo mercado financeiro até ontem. Mas a evolução das investigações deixou analistas e investidores preocupados.

Segundo Flávio Serrano, economista da corretora López León, a grande preocupação não é de curto prazo. Está relacionada a um eventual segundo mandato de Lula. Como até o momento o presidente é o candidato mais forte, o mercado está preocupado com problemas de governabilidade num eventual segundo mandato do petista.

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