Brasília – Ao participar nesta segunda-feira (14) da abertura do 1º Encontro Nacional dos Líderes de Associações e Sindicatos da Polícia, o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Teles Barreto, disse que a crise na segurança pública é cíclica. Para ele, mais do que combater as situações pontuais, é preciso garantir que as ações para melhoria da segurança pública sejam permanentes.
?Eu tenho 23 anos de Ministério da Justiça, sou um funcionário concursado, e já vi sempre essas crises de segurança pública. O problema está muito mais no que fazer entre as crises?, afirmou Barreto. ?O importante é, no momento de calma e tranqüilidade, ter os paradigmas, os parâmetros para construir uma polícia melhor, para construir instituições de segurança mais sólidas, mais confiáveis?.
Barreto disse que, para a construção das políticas e ações de segurança pública, é preciso ouvir os envolvidos nesse processo. ?Não se faz política de segurança pública em gabinetes, com teorias, ela se faz na prática ouvindo e buscando essas soluções junto ao homem que vive no dia-a-dia e que tem a percepção exata do que acontece no seu município, no seu estado?.
Segundo o secretário-executivo, com base nesse entendimento foram nomeados técnicos e especialistas para chefiar os órgãos de segurança pública federais, como a Secretaria Nacional de Segurança Pública, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal.
O secretário Nacional de Segurança Pública, Luiz Fernando Corrêa, acrescentou que a articulação das instituições federais e estaduais é importante para o combate à criminalidade. ?A secretaria vem trabalhando com a inteligência, mapeando uma plena articulação com as inteligências estaduais exatamente para que haja uma atuação sistêmica de Estado e não reativa e pontual?, afirmou.