Instituições financeiras do porte da Merrill Lynch e Goldman Sacks estão prevendo a catástrofe no mercado internacional do petróleo, caso o Irã confirme a intenção de reduzir suas exportações do combustível em face da polêmica em torno de seu programa nuclear.
Em três meses, o preço do barril de petróleo poderá bater na casa dos US$ 75, e isso agravaria a crise energética de inúmeros países compradores. O Irã é responsável por 3% da demanda mundial diária de petróleo e poderá sofrer sanções da ONU pela retomada do processo de enriquecimento de urânio.
O presidente George W. Bush não subestima a possibilidade de intervenção militar nas instalações nucleares iranianas, cuja resposta antecipada poderá resultar na diminuição do fornecimento de petróleo para o mercado mundial.
O Bundesbank (banco central da Alemanha) advertiu, em boletim publicado no último dia 15, que a elevação dos preços da commodity é ameaça pendente sobre a economia global, e esse risco está cada vez mais visível no horizonte próximo.
A velha Pérsia retorna ao cenário internacional não mais conduzida pelo gênio guerreiro do general Ciro, mas a cavaleiro de milhões de barris de petróleo, hoje tão fascinantes quanto os jardins suspensos da Babilônia.