O governo argentino colocou em alerta suas forças de segurança diante do temor de que a crise diplomática desatada na semana passada com o Irã por causa do caso Amia possa levar terroristas muçulmanos a realizar um novo atentado contra alvos judaicos em Buenos Aires. Foi reforçada a segurança nas fronteiras, na área da embaixada americana em Buenos Aires e em edifícios da comunidade judaica argentina.
Em 1992, um ataque à embaixada israelense na capital argentina causou 29 mortes; dois anos depois, o atentado contra a Associação Mutual Israelita-Argentina (Amia) deixou 85 mortos. Nenhuma organização assumiu a autoria dos ataques, mas as suspeitas da Justiça recaem sobre o grupo xiita libanês pró-iraniano Hezbollah.
Na semana passada, um juiz federal solicitou à Interpol a captura do ex-presidente do Irã Ali Rafsanjani (1989-1997) e de outras sete ex-autoridades iranianas por envolvimento no caso Amia. O juiz considerou que Rafsanjani e seus antigos assessores foram responsáveis pela decisão de escolher Buenos Aires como alvo e por financiar o atentado.
