O presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior, informou nesta sexta-feira (20) que os problemas de infra-estrutura e com os controladores de tráfego aéreo ocorridos nos primeiros três meses do ano tiveram um impacto de R$ 110 milhões no resultado da empresa no primeiro trimestre de 2007. O executivo estima que, desse total, R$ 80 milhões tiveram impacto diretamente na receita. Outros R$ 30 milhões são referentes a aumento dos custos.
O executivo informou ainda que os aviões da empresa bateram recorde de 15 horas voadas por dia, em média, no trimestre. Porém, ele disse que o desempenho foi atípico, conseqüência dos problemas gerados pela crise do setor.
"O problema dos controladores e a chuvas atípicas de fevereiro e março, que ocasionaram o fechamento do aeroporto de Congonhas, levaram os aviões a voarem mais", explicou. A expectativa é que a média volte ao patamar de 14 horas e trinta minutos por dia nos próximos trimestres, quando se espera uma situação mais favorável, com a redução dos problemas do setor aéreo.
Durante teleconferência com analistas para comentar os resultados do primeiro trimestre, o vice-presidente financeiro e diretor de Relações com Investidores da Gol, Richard Lark, afirmou ainda que 4% dos vôos foram cancelados em janeiro, índice que subiu para 14% em fevereiro e ficou em 3% em março.
A expectativa do executivo é que os problemas sejam amenizados ao longo do ano com a contratação de novos controladores de vôo e com as obras que estão sendo realizadas no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. A previsão é que a aviação feche o ano com um crescimento da demanda entre 13% e 15% e uma taxa de ocupação entre 68% e 69%.