A Polícia Civil investiga a responsabilidade dos pais e dos clientes de um bar de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, na morte do menino Bredy Taylor de Azevedo Recoba, de três anos. Ele foi vítima de um disparo de uma caneta-revólver na noite de sexta-feira (8). Por enquanto, sabe-se apenas que o pai da criança, dono do estabelecimento, recebeu a arma como garantia pela venda de bebida. A polícia deduz que o tiro foi acidental, durante o manuseio inadvertido do artefato pela própria criança.

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A arma tem a aparência de uma caneta comum, mas pode carregar uma bala de revólver calibre 22 disparada por uma mola pressionada por um gatilho. Segundo o escrivão Carlos Rosado, os depoimentos já colhidos indicam que o garoto pegou a arma no bar como se fosse um brinquedo. Naquele momento, o pai estava em outra peça da casa e a mãe assistia à televisão na sala. Distraídos, os clientes não perceberam o perigo. A perícia indicou que o projétil saiu de um ponto muito próximo ao corpo entrou em diagonal no peito da criança, o que reforça a hipótese de acidente. Bredy Taylor morreu a caminho da Santa Casa.

A arma tem precisão limitada a dois metros e deve ser recarregada a cada tiro. Seu uso á difundido entre gangues juvenis da cidade gaúcha graças à falta de restrições à venda na Argentina e de fiscalização na travessia para o Brasil, feita por uma ponte ou em barcos pelo rio Uruguai.

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