A data cinco de agosto entra na história da produção de ovelhas e cabras da região de Londrina. Nesta sexta-feira técnicos do governo paranaense definiram o aporte oficial às duas atividades e no período da tarde 40 criadores estiveram reunidos para dar início na organização do setor.
Na opinião do zootecnista José Antônio Baena, coordenador do Programa de Apoio à Estruturação das Cadeias Produtivas de Ovinos e Caprinos do Paraná, essa iniciativa de integração para a construção do processo regional ?é exemplo a ser seguido pelas demais regiões produtoras?.
Durante a programação técnica da Fazendinha Via Rural na Exposição Agropecuária de Londrina do ano passado, a Emater convidou alguns criadores para debater tecnologia. Nascia então um movimento articulado que culminaria com a mobilização dessa classe nesta sexta-feira.
O criador José Tieo Takahashi, da Estância Marabá, no município de Tamarana, onde tem 400 matrizes texel, com tradição profissional de cinco anos na atividade e que já está ampliando o plantel para 1.500 matrizes, reconhece no apoio do governo e seus parceiros, o instrumento que faltava para suprir a necessidade da organização dos criadores da região.
?A maior dificuldade é formar grupo, porque mexer com gente é complicado mas fundamental se queremos ter qualidade, padrão, volume e regularidade para atender o mercado consumidor?, afirma Tieo.
Na região de Londrina, que integra 19 municípios, estão na caprinocultura 18 propriedades rurais com 424 animais e na ovinocultura eleva para 126 propriedades, com 7.650 cabeças.
A médica veterinária Gayza Maria de Paula Iácono, da Emater de Rolândia e responsável técnica do programa, assegura que as duas atividades serão apoiadas conjuntamente na questão de organização para comercialização e, pela tradição no domínio tecnológico dos criadores de ovinos, a assistência técnica oficial se volta para a criação de caprinos.