Criação do Banco do Sul está marcada para o final de junho

Brasília – Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Venezuela, Bolívia e Equador marcaram para o próximo mês a assinatura da ata constitutiva do Banco do Sul. A nova instituição de fomento da América do Sul será instituída durante a Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, nos dias 28 e 29 de junho, em Assunção, no Paraguai.

Segundo a agência de notícias argentina Telam, a data foi marcada em reunião realizada na última terça-feira (22) na capital paraguaia. Participaram o ministro da Fazenda Guido Mantega e os ministros da Economia da Argentina, Felisa Miceli, do Uruguai, Danilo Astory, da Venezuela, Rodrigo Cabezas Morales, do Equador, Ricardo Patiño, e do Paraguai, Ernst Bergen. Também esteve presente o vice-ministro de Economia da Bolívia, José Luis Pérez.

O ministro paraguaio qualificou a reunião como exitosa. Na sua avaliação, ocorreram "avanços importantes" para a concretização do banco. Segundo Bergen, um documento com os objetivos e a proposta da instituição será elaborado até a data de assinatura da ata. Uma reunião técnica para tratar do assunto deve acontecer no dia 1º de junho.

"Convidamos todas as nações que integram a União das Nações do Sul [Unasul] a aderir a este banco, que deve ser auto-sustentável, com órgãos de condução com representação igualitária", disse o ministro paraguaio depois da reunião.  A Unasul – antiga Comunidade Sul-Americana de Nações: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Uruguai, Suriname e Venezuela.

De acordo com a ministra argentina, o banco deve ser um instrumento de financiamento da integração latino-americana e desenvolvimento regional, com participação igualitária de todos os membros. Também dará maior autonomia econômica à região.

Segundo a Telam, Guido Mantega falou que o Banco do Sul será uma instituição financeira "ágil" e destacou a importância da integração monetária e financeira da região.

"Estamos avançando em vários aspectos da integração regional e para conseguirmos isso, temos que conseguir a integração monetária e financeira", avaliou Mantega. "Começamos a fazer essa integração constituindo o comércio em moeda local para que no futuro haja uma única moeda na América do Sul", afirmou.

A ministra argentina estimou que o uso de moedas locais no comércio com o Brasil (ao invés do dólar) vai começar em outubro, como experimento que depois será ampliado para os outros países do Mercosul.

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