Rio de Janeiro – O número de empregos criados na iniciativa privada e também na administração pública não tem sido suficiente para absorver o contingente cada vez maior de pessoas procurando trabalho no país. A avaliação é do coordenador da Pesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cimar Azeredo.

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O levantamento, realizado nas regiões metropolitanas de Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo e divulgado hoje (24) no Rio, mostra que, em julho, havia 2,4 milhões de pessoas procurando emprego, um aumento de 17,9% em relação a julho do ano passado. Na mesma comparação, o número de pessoas ocupadas cresceu apenas 2,1%.

Azeredo destacou que, no mês de julho, houve queda no número de pessoas inativas, o que mostra que elas estão retornando ao mercado de trabalho. ?A criação de vagas não atende a demanda dos que já estão desocupados, quanto mais para os que estão tentando retornar ao mercado de trabalho?, disse o economista.

De acordo com a pesquisa, a taxa de desemprego nas seis maiores regiões metropolitanas do país ficou em 10,7% em julho e atingiu o maior nível desde abril de 2005, quando havia ficado em 10,8%. Em relação a julho de 2005, a taxa subiu 1,3 ponto percentual. Na comparação com junho deste ano, a alta de 0,3 ponto percentual foi considerada estável pelo IBGE.

Sobre a queda de 0,7% na renda do trabalhador, em comparação com o mês de junho, Azeredo afirmou que deve servir de alerta, já que ocorre depois de cinco meses consecutivos de resultados positivos. Na comparação com julho do ano passado, a renda do trabalhador cresceu 3,4%.

?A perda do poder de compra do trabalhador, associada ao aumento da taxa de desemprego, pode significar uma falta de dinamismo no cenário econômico, mas ainda temos que aguardar os resultados dos próximos meses para avaliar o que vai acontecer no mercado de trabalho?, afirmou.

A pesquisa mostra, ainda, que o emprego formal se manteve estável em relação a junho, mas cresceu 5,1% na comparação com julho do ano passado. Segundo o IBGE, a taxa significa mais 408 mil pessoas com carteira assinada no mercado de trabalho. O número de trabalhadores sem carteira assinada, ou por conta própria, apresentou estabilidade em ambas as comparações.

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