O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou, agora à noite, que a idéia dos presidentes da Venezuela e da Bolívia, Hugo Chávez e Evo Morales, de criação de um "eixo do bem" contra a política externa conduzida pelos Estados Unidos, é "ultrapassada??. Ele reforçou a posição do Brasil de não aderir à idéia.

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"Não creio no eixo do bem e do mal. São visões simplistas da realidade. A idéia da confrontação é velha, antiga, dos anos 70, e não pode existir num mundo globalizado", disse Amorim, depois de participar do encerramento de uma reunião com 60 embaixadores brasileiros que ocupam postos no exterior.

Quanto ao pleito brasileiro de uma vaga de membro permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), Amorim destacou que vai continuar trabalhando o máximo neste ano para avançar na questão. "Se conseguirmos definir este ano, ótimo. Se conseguirmos outro tipo de avanço, menos bem, mas acho que vamos caminhar neste sentido", completou.

Sobre as negocições na reunião ministerial de Hong Hong, o chanceler afirmou que houve avanços importantes. "Eu acho que você ter uma data final (em abril) para eliminação dos subsídios à exportação é algo da maior importância, porque isso estava no ar", destacou.

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Aos embaixadores que ocupam postos fora do Brasil, o ministro ressaltou a importância das negociações do Brasil na Organização Mundial do Comércio e a integração da América Latina. De acordo com Amorim, trata-se de assuntos prioritários na política externa que o governo vem adotando. "Hoje a América Latina é nosso principal parceiro comercial, num ano onde as nossas exportações para a União Européia também têm crescido".

No leque de iniciativas tomadas nos três anos de governo Lula na política externa, Amorim disse que "aposta as fichas" nas negociações multilaterais. "Isso não depende só do Brasil. Eu acho que é do interesse de todos", concluiu.

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