O presidente do BNDES, Demian Fiocca, disse que o crescimento da economia em 2005 e 2006 revela uma "desaceleração conjuntural", mas, com a continuidade da trajetória de redução dos juros, haverá uma nova aceleração. Ele fez o comentário ao responder à pergunta feita por um dos participantes de evento que foi realizado no Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef) sobre os motivos do crescimento "abaixo do ideal" em 2005 e 2006.
Para Fiocca, com inflação sob controle, juros em queda, bons resultados da balança de pagamentos e responsabilidade fiscal, que, segundo ele, caracterizam a atual situação brasileira, "não há desafio" para a aceleração do crescimento econômico.
Em palestra antes de responder às perguntas da platéia, Fiocca disse que um novo ciclo de desenvolvimento foi iniciado no País em 2004.
Ele mostrou diversos dados para comprovar essa tese. Entre eles, a geração de 1.383.805 empregos formais no País de janeiro a setembro de 2006. "Isso é animador porque é um sinal de confiança em relação ao futuro de médio prazo", disse, acrescentando que "o emprego formal contribui mais para a produtividade da economia do que o informal."
Ele citou também a redução da desigualdade de renda no País nos últimos anos e a inflação "excelentemente baixa".