O Brasil terá mais um ano de baixo crescimento e isso é muito ruim para todos. O prognóstico é do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, ao analisar o crescimento de 1,2% do PIB no terceiro trimestre em relação ao período anterior.

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Um crescimento medíocre, segundo a maioria dos analistas da economia, no entanto, ancorado por todos eles na política de juros altos do governo Lula que, afinal, arreganha seus resultados funestos.

Mesmo aguardando um resultado melhor no último trimestre em função do aumento sazonal da produção e comercialização de produtos tradicionais das comemorações de final de ano, a CNI adverte que não haverá compensação do intenso escorregão verificado em julho, agosto e setembro.

A CNI, puxada pelo anúncio feito pelo IBGE, está revendo para baixo as estimativas de crescimento do PIB de 3,5% em 2005, e de 4,4% do setor industrial. A instituição não marcou data para soltar a versão revisada de suas estimativas.

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Como razões essenciais da queda do crescimento da riqueza nacional, que o ministro Antônio Palocci afirmou ser esperada, embora o governo tenha dissimulado o quanto pôde para evitar que o desânimo se alastre nos meios produtivos, o IBGE apontou a retração da agropecuária (3,4%) e da indústria (1,2%).

No acumulado do ano, o PIB cresceu 2,6% e na visão de muitos deixou remota a possibilidade de um crescimento acima de 3%. O número mais provável na análise advinda da expectativa negativa é de 2,5%. A meta de crescimento de 3,5% do PIB está definitivamente postergada para 2006.

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O presidente da Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro (Andima), Alfredo Moraes, valeu-se de um paradoxo para enfocar a questão. Enquanto a maioria dos países está em expansão, o Brasil contrai a economia, e nenhuma explicação da equipe econômica consegue convencer a nação do acerto dessa política.

Como não há tempo suficiente para a recuperação, o índice necessário do crescimento anual do PIB para sustentar o avanço econômico que o País reclama está mais uma vez adiado.