O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (31), no Porto de Suape, em Pernambuco, que o crescimento do Brasil ocorrerá "de maneira responsável", sem que sejam gastos mais recursos do que os disponíveis. "O crescimento será de forma responsável, e não como a farra-do-boi", disse, com a intenção de criticar excesso de gastos, mencionando manifestação folclórica de Santa Catarina – a farra-do-boi – proibida por lei em razão de sua crueldade contra o animal. Ele foi ao Estado para a assinatura de um contrato de R$ 2,47 bilhões para a construção de dez navios da Transpetro, vinculada à Petrobrás.

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Ao fazer o elogio do crescimento econômico responsável, o presidente voltou a citar o desenvolvimento registrado durante os governos militares, quando houve o chamado "milagre brasileiro", com baixa distribuição de renda. "Em 1973, o Brasil cresceu 13,94% ao ano, mas o salário mínimo decresceu 3,4%. Na época de Juscelino Kubitschek, o Brasil cresceu 7%, mas o salário mínimo não acompanhou", lembrou Lula. E completou: "Para mim, o milagre é trabalharmos com responsabilidade para permitirmos não só o crescimento do PIB, mas também a melhoria das condições de vida dos 190 milhões de brasileiros. Aí, é bi-maravilhoso.

Lula disse ainda que houve um tempo em que o Brasil não podia crescer por causa do FMI (Fundo Monetário Internacional); depois por causa do desaquecimento; depois, pela ausência de projeto e depois, "porque determinaram que o País iria ser terceirizado." O presidente concluiu: "Veio o tal Consenso de Washington, mas, para mim, o consenso é do sertão nordestino, de Brasília, de São Paulo, do Sul do Brasil.

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