O relatório mostra ainda que as mulheres com curso superior completo ocuparam 57,8% das vagas em 2003, evoluindo para 59,9% em 2005. Diferente da situação dos trabalhadores analfabetos, em que os homens respondiam por 72,2% das vagas ocupadas em 2005, enquanto as mulheres ficavam com apenas 27,8% dos empregos.
A análise do mercado de trabalho, segundo atividades econômicas, mostra que, enquanto os homens dominam no setor industrial, aquele que engloba, por exemplo, o comércio e a agricultura, as mulheres estão em sua maioria empregadas no setor de serviços, entre eles a educação, enfermagem e artes.
A administração pública é a única atividade da economia em que as mulheres ultrapassam os homens, representaram 61,5% em 2003 e evoluindo para 62,5% em 2005. Apesar desse destaque, pode-se notar que a remuneração entre os dois gêneros é diferente, e as mulheres receberam 30,5% menos que os homens, no ano de 2005.
Dados do estudo revelam ainda que, no saldo de 2003 a 2005, aumentou em 0,9% a participação da mulher no mercado formal de trabalho, e a defasagem salarial entre homens e mulheres reduziu em 1,5%, o que, para o secretário do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Nelson Garcia, prova a conquista de espaço pelas mulheres.
?Esses números, além de mostrarem a importância da escolaridade para a diminuição da diferença salarial no mundo do trabalho, indicam que as mulheres conseguiram aumentar a sua participação no mercado formal de trabalho, pois a cada ano conquistam novos espaços na sociedade e mostram o seu potencial?, diz o secretário.
Segundo os Registros Administrativos da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego, em totalidade, o mercado formal paranaense gerou 224.968 empregos entre 2003 a 2005, sendo que o trabalho masculino absorveu 114.48 postos de trabalho, equivalente a 50,09%, enquanto as mulheres ocuparam 110.486 vagas, significando 49,01%.
