O faturamento da produção florestal brasileira passou de R$ 5,967 bilhões, em 2002, para R$ 8,627 bilhões, em 2003. No mesmo período, a área das florestas plantadas (silvicultura) subiu de 52% para 65% do total da produção do país e a extração de madeira passou a gerar 85% do valor total da produção da extração vegetal, ante os 79% de 2002. Já a extração nas matas nativas caiu de 48% para 35% na mesma comparação.
Os dados são da Pesquisa da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura, divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrando a variação da produção física do biênio 2002/2003, a participação dos segmentos no valor total da exploração florestal, além de apresentar uma análise dos produtos mais importantes, destacando os principais estados e municípios produtores na temporada 2003.
De acordo com o coordenador de Agropecuária do Instituto, Carlos Alberto Lauria, as informações são importantes para o planejamento regional e o monitoramento das explorações florestais, pois traz dados, por exemplo, sobre extração de madeira em tora, lenha, carvão vegetal, palmito, babaçu, açaí e carnaúba.
Entre os 33 principais produtos da extração vegetal, 17 apresentaram queda de produção entre 2002 e 2003. As mais significativas foram nas produções de ipecacuanha-raiz (-100,00%), jaborandi-folha (-26,47%), nó-de-pinho (-20,37%), castanha de caju (-18,20%), mangaba-fruto (-12,90%) e castanha-do-pará (-9,11%).
As produções que apresentaram os maiores aumentos foram as de semente de oiticica (544,91%), amêndoas de cumaru (438,89%), fibras de carnaúba (43,46%), pequi (39,98%), carvão vegetal (13,90%) e coquilhos de açaí (9,53%).
Entre os produtos da mata plantada, os destaques foram para a produção de madeiras para móveis e construção civil (58,18%) e para a fabricação de papel e celulose (32,21%).