A maioria do empresariado planeja investir mais em 2006 ante o que foi investido no ano passado. A avaliação é da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que divulgou hoje a pesquisa "160ª Sondagem Conjuntural da Indústria da Transformação – Quesitos Especiais", recorte especial da sondagem da indústria, referente ao segundo trimestre, e que trata de projeção de investimentos.
A pesquisa abrange 642 empresas informantes, entrevistadas entre 29 de junho a 31 de julho. Os dados dessa pesquisa não são comparáveis com as informações apuradas no levantamento anterior de mesmo tipo – o número de empresas informantes é diferente (da pesquisa anterior, foram 1.042 empresas) e os dados informados não são os mesmos.
De acordo com o levantamento anunciado hoje, 53,6% das empresas pesquisadas planejam elevar os investimentos este ano, ante o que foi investido no ano passado. Ao mesmo tempo, o porcentual de companhias que planejam reduzir os investimentos em 2006, ante 2005, foi de 46,4%.
Segundo comunicado da FGV, na análise por categorias de uso, dentro da indústria da transformação, "o segmento com maior ímpeto para investir continua sendo o de bens intermediários, em que o nível de utilização da capacidade instalada vem se mantendo elevado nos últimos anos". No total de empresas de bens intermediárias pesquisadas pelo levantamento, 55,6% planejam investir mais em 2006 na comparação com 2005.
A FGV informou ainda que, em bens intermediários, "a relação investimento/vendas, obtida com os dados projetados para 2006, atingiu 9,3%, contra 8,1% em 2005". A fundação trata esse indicador como o mais forte para medir o ímpeto de investimentos por categorias de uso. No setor de bens de consumo, a relação investimento/vendas cresceu de 4,3% para 5,2%, de 2005 para 2006. No de material de construção, a relação também avançou, de 4,6% para 5,3%, no mesmo período.
"As piores perspectivas são exatamente as do setor de bens de capital, no qual a relação investimento/vendas ficou estável em relação ao ano passado, em 3,1%. O resultado parece indicar que as empresas industriais planejam importar parte significativa dos investimentos produtivos programados para este ano", avaliou a fundação, em comunicado.