A queda do dólar para abaixo da marca psicológica dos R$ 2, conjugada com a redução dos índices e das expectativas de inflação, levou a maior parte do mercado a esperar para junho um corte de 0,5 ponto porcentual da taxa Selic, o juro básico da economia brasileira. Atualmente, a taxa nominal de juro é de 12 5% ao ano.
Levantamento preliminar feito pela Agência Estado com 25 instituições financeiras mostra que, desse total, 16 trabalham com a possibilidade de o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevar a dose de corte do juro de 0,25 ponto porcentual para 0,5 ponto na próxima reunião, em 6 de junho. Apenas nove instituições prevêem manutenção do ritmo de corte em 0,25 ponto porcentual.
No dia 26 de abril, mesmo dia em que o Banco Central divulgou a ata da reunião do Copom em que a Selic foi reduzida em 0,25 ponto porcentual – na época o placar foi de quatro votos a favor de 0,25 ponto contra três que defendiam 0,5 ponto -, a AE consultara 21 instituições, das quais 11 previam uma redução de 0,25 ponto e dez trabalhavam com um corte de 0,5 ponto porcentual. Naquele dia, o empate técnico ia contra a curva do mercado de juros futuro, que indicava, desde a decisão do Copom de abril, corte de 0,5 ponto da Selic em junho.