São positivos os sinais de recuperação da indústria naval brasileira, depois de um longo período de estagnação, prejuízos financeiros e desemprego. Os números atuais do setor indicam que, entre o ano passado e este, o número de empregos cresceu para 40 mil trabalhadores.

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A presença do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é fundamental para a recuperação, tendo em vista que os empréstimos setoriais aumentaram 520%, saltando para R$ 3,6 bilhões até o mês de outubro.

Todavia, a retomada de atividades da indústria naval é resultante da aceleração do ritmo do setor de petróleo, com a encomenda em 2006 de 26 novos navios petroleiros por parte da Transpetro, empresa de logística e transporte da Petrobras.

O otimismo dos empresários navais está em franca ascensão, porque em 2009 deverá entrar em funcionamento o maior estaleiro do hemisfério Sul, o Atlântico Sul, em fase de construção no litoral pernambucano.

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No exercício que se aproxima do final, o faturamento do setor está estimado em R$ 4,5 bilhões, sendo que o total das encomendas em carteira chega a R$ 14,4 bilhões (R$ 9 bilhões em navios e R$ 5,4 bilhões em plataformas de petróleo).

De acordo com o Sindicato da Indústria Naval (Sinaval), a participação de navios de bandeira brasileira se restringe a 14% do total das mercadorias transportadas ao longo do nosso litoral, no chamado transporte de cabotagem. Maior exportador de grãos do mundo, o País gasta milhões no fretamento de embarcações estrangeiras. A situação exige providências urgentes.

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