Credores privados da Varig não pretendem trocar seus créditos por participação acionária na companhia, apesar da alternativa constar do plano de reorganização societária e saneamento financeiro. Quem garante isso é um representante de um credor, que pediu para não ser identificado. Segundo ele, a empresa não oferece nenhuma garantia de retorno do investimento. O tema deverá ser discutido amanhã (2) em reunião entre os credores não estatais da Varig.
"Acho muito difícil (trocar crédito por ações). A Varig não tem ativos. Todos os aviões são arrendados e a empresa tem uma dívida enorme. Está sobrevivendo hoje por meio de um mandado judicial", diz a fonte, referindo-se ao processo de recuperação judicial da companhia. Segundo ela, credores privados querem apenas resgatar seu dinheiro "e ir para casa".
Hoje, às 12 horas, venceu o prazo para os credores entregarem sugestões ao plano de reestruturação da empresa, que deve ser concluído até o próximo dia 7.
A reestruturação ainda esbarra na liminar obtida na segunda-feira pela Docas Investimentos, do empresário Nelson Tanure, que suspende a venda da VarigLog, subsidiária de logística da Varig, para o fundo de investimentos americano Matlin Patterson. A Volo do Brasil, subsidiária do fundo Matlin Patterson, prepara agora uma ação para recorrer da liminar.
