Crédito difícil

Não é fácil para o médio empresário brasileiro contornar os obstáculos e pressões na obtenção de crédito bancário para alavancar suas atividades. Os bancos são muito exigentes na hora de conceder empréstimos a seus clientes, especialmente quando esses personagens acusam em seus pedidos de financiamento a condição de médios ou pequenos empresários.

Apesar da intensa publicidade do marketing bancário concebido não apenas para louvar a importância dessa categoria de empreendimento, mas acima de tudo para exaltar a eficácia das linhas especiais de crédito para esse nicho específico, na verdade, as dificuldades de acesso ao crédito bancário são cada vez maiores.

Pequenas e médias empresas, nos grandes bancos, recebem o mesmo tratamento dispensado às pessoas físicas, sendo os financiamentos liberados em prazos não superiores a 180 dias. Além disso, os valores emprestados são baixos e não facilitam a expansão da atividade empresarial. Na maior parte das vezes o banco utiliza instrumentos próprios de avaliação das empresas, suspendendo, em caráter preventivo, as linhas de crédito.

Fontes ligadas ao Sebrae e a instituições representativas do setor revelam que são quase inexistentes as vantagens oferecidas pelos bancos, apesar das campanhas publicitárias afirmarem o contrário. Muitas vezes, as alternativas como produtos especiais a essa clientela estão disponíveis em todas as agências para as demais camadas de interessados.

Não é admissível esperar que um banco empreste dinheiro sem acobertar-se de garantias mínimas, como também não é razoável aceitar que essas exigências, não raro, cheguem ao nível do inconcebível. Um bom tema para a reflexão conjunta do governo e da iniciativa privada.

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