Brasília ? As operações de crédito bancário cresceram 2,7% no mês de maio e atingiram estoque de R$ 654,7 bilhões ? o equivalente a 32,6% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todas as riquezas produzidas no país. Maior, portanto, que a equivalência de 32% em abril e longe dos 28,3% do PIB em maio do ano passado, devido à evolução de 22,6% em 12 meses.
Os números foram revelados hoje (26) pelo chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, ao divulgar o relatório do mês passado sobre Política Monetária e Operações de Crédito do sistema Financeiro. O aumento das operações de crédito, segundo ele, refletem "o maior dinamismo da atividade econômica, sustentada pelo aumento do consumo interno".
O levantamento do Banco Central observou a manutenção da trajetória expansionista dos empréstimos às pessoas físicas, com destaque para a modalidade de crédito pessoal, impulsionada, basicamente, pelo empréstimo consignado para desconto em folha de pagamento; e as operações com pessoas jurídicas (empresas) foram influenciadas pelas carteiras referenciadas em recursos externos.
As operações realizadas por instituições financeiras privadas nacionais somaram R$ 271,4 bilhões (41,5% do total) e revelam expansão de 3% no mês, enquanto os empréstimos das instituições públicas alcançaram R$ 238,8 bilhões (36,5% do estoque), com crescimento menor: de 2,3%. Os bancos estrangeiros participam desse bolo com R$ 144,5 bilhões (22%), e tiveram expansão de 2,6% nas operações de maio.
Os créditos concedidos com recursos livres somaram R$ 444 bilhões, dos quais R$ 212,8 bilhões para pessoas físicas, com evolução de 3% no mês, e R$ 231,2 bilhões para as empresas (mais 2,9%). Já os recursos direcionados, no valor de R$ 210,7 bilhões, cresceram só 2% no mês, o que acumula expansão de 14,8% nos últimos 12 meses. São as operações realizadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e os financiamentos para os setores rural e habitacional.
Os créditos concedidos ao setor privado, com recursos livres e direcionados, acumularam R$ 633,6 bilhões em maio, sendo R$ 210,9 bilhões em empréstimos pessoais, R$ 146,8 bilhões para a indústria, R$ 105,4 bilhões destinados a serviços, R$ 68,9 bilhões ao comércio, R$ 69,7 bilhões para o crédito rural e R$ 31,8 bilhões contemplam os financiamentos habitacionais. Estes, com recursos da caderneta de poupança e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).