O crédito ao consumidor deve continuar a todo vapor como motor da economia em 2007 e meados de 2008, enquanto o governo procura alternativas para pôr o País na rota do crescimento robusto, de 5% ao ano, com a ampliação dos investimentos produtivos.
Com a redução da taxa básica de juros, a Selic, para 13,25% ao ano na semana passada (o menor nível em termos nominais da história do País), a perspectiva para 2007 é expandir entre 25% e 30% o volume de empréstimos ao consumidor. A projeção dos analistas de crédito considera um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) entre 3% e 3,5% para o ano que vem.
Neste ano, as financeiras e os bancos não têm do que reclamar. O saldo das operações de crédito ao consumidor, isto é, tudo que foi emprestado aos brasileiros com recursos livres das instituições financeiras, deve fechar 2006 na marca histórica de R$ 200 bilhões. A alta é de quase 30% ante 2005. Até outubro a cifra era de R$ 189 bilhões, 21,8% mais que em dezembro de 2006, segundo o Banco Central.