A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Sanguessugas poderá divulgar nesta tarde os nomes dos 57 parlamentares acusados de envolvimento na "máfia das ambulâncias" que estão sendo notificados pela CPMI. A informação é do vice-presidente da comissão, deputado Raul Jungmann (PPS-PE).

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Jungmann defende a divulgação dos nomes, mesmo que o Supremo Tribunal Federal (STF) não autorize. Ainda hoje, o presidente da CPMI, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), deve reunir-se com o ministro do STF Gilmar Mendes, relator do caso no Supremo, para pedir novamente o fim do sigilo nas investigações. O encontro está marcado para as 15h30.

"Nós estaremos divulgando o nome de todos aqueles que estão citados", afirmou Raul Jungmann. "Não quer dizer que sejam criminalmente indiciados, mas que estão citados no processo. A CPMI entende que, ao fazer isso, não está infringindo o sigilo. Na verdade, ela estaria dando ciência do seu trabalho, porque a notificação é responsabilidade nossa, e não do Supremo ou da Procuradoria."

Divulgação

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Os nomes dos parlamentares acusados de envolvimento no esquema que fraudava a venda de ambulâncias não se tornaram públicos ainda porque o processo corre em segredo de Justiça. Para Jungmann, no entanto, é essencial divulgar oficialmente esses nomes. A imprensa, argumentou ele, vem citando nomes de parlamentares que não estão na lista oficial.

O presidente Antonio Carlos Biscaia, porém, prefere esperar o encontro com o ministro Gilmar Mendes para tomar uma decisão. "O sigilo foi decretado pelo Supremo Tribunal Federal. Então, dentro daquilo que deve existir na relação entre os Poderes, eu tenho que conversar com o ministro sobre isso."

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Entrevista coletiva

Após o encontro entre Gilmar Mendes e Biscaia, os integrantes da CPMI deverão conceder entrevista coletiva. Eles esperam ainda divulgar os nomes dos integrantes da comissão que atuarão como sub-relatores, para acelerar os trabalhos. A idéia é fechar o relatório já na primeira semana de agosto.