A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Sanguessugas vai requisitar ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) informações sobre os saques bancários relacionados à compra do dossiê que ligaria integrantes do PSDB à "máfia das ambulâncias". A solicitação ao Coaf será feita pelo deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), sub-relator da CPMI. Ele informou que a comissão pode fixar um prazo de três dias para a entrega dessa documentação.

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A Polícia Federal (PF) já requisitou essas informações e espera que o Coaf forneça alguns dados ainda nesta segunda-feira (25). De acordo com a PF, as informações sobre as agências e os titulares das contas devem ser entregues diretamente ao juiz Marcos Alves Tavares, da Justiça Federal do Mato Grosso, responsável pelo caso.

No último dia 15, Gedimar Pereira Passos, então analista de Risco e Mídia da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e Valdebran Padilha, empresário de Mato Grosso ligado ao PT, foram presos pela Polícia Federal em São Paulo, com R$ 1,7 milhão. Os dois disseram que o dinheiro seria usado para comprar o dossiê, elaborado pelo empresário Luiz Antonio Vedoin, apontado como líder da máfia das ambulâncias.

Depoimentos

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Na sexta-feira (22), Carlos Sampaio e o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), também sub-relator da comissão, acompanharam na PF parte dos depoimentos relacionados ao caso. Na ocasião, foram ouvidos três integrantes do PT acusados de envolvimento na compra do dossiê: Jorge Lorenzetti, que trabalhava no Núcleo de Informação e Inteligência da campanha de Lula; o ex-secretário do Ministério do Trabalho Oswaldo Bargas; e o ex-diretor do Banco do Brasil Expedito Veloso.

Sampaio e Gabeira receberam da PF uma cópia do dossiê, que só será analisado pela CPMI após as eleições.

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