O presidente e o relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Sanguessugas, respectivamente deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ) e senador Amir Lando (PMDB-RO), deixaram há pouco o Supremo Tribunal Federal (STF), onde se reuniram com a presidente Ellen Gracie. A conversa com a ministra representou um contato inicial, disse Biscaia, já que a autorização para que a CPMI tenha acesso aos documentos do inquérito sob segredo de Justiça depende de autorização do ministro relator, Gilmar Mendes.

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Segundo o deputado, o que mais interessa à comissão é o acesso à quebra do sigilo telefônico das diversas pessoas envolvidas. Biscaia explicou que as conversas entre os acusados constituem provas que já estão em poder do Ministério Público e do STF. Ele confirmou que o Ministério Público já encaminhou ao Supremo pedidos para investigar 15 pessoas, e nesta semana deverá enviar cerca de 30 novos pedidos.

Semanas intensas

Nesta quarta-feira (28), a CPMI deve se reunir para definir o roteiro de trabalho. Biscaia prevê que as duas primeiras semanas serão "intensas", dedicadas a exames de documentos e realização de depoimentos considerados mais essenciais.

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A intenção, acrescentou o deputado, é concluir os trabalhos em 60 dias. "A CPMI fará um trabalho isento, e eu não acredito que os integrantes da comissão venham a sofrer pressões por parte dos denunciados."

Sobre a possibilidade de haver injustiça devido ao curto prazo para investigar grande número de parlamentares, o presidente disse que "o sagrado direito da ampla defesa deve ser cobrado em outro momento, caso seja instaurado um processo de cassação".

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