Integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Emigração Ilegal estão no Japão desde do início da semana para conhecer a situação dos brasileiros que vivem no país. A maioria é descendente de japoneses.
A comitiva programou visitas a comunidades de dekassegui (como são conhecidos no país) em Tóquio e Nagoya e aos presídios das duas cidades. Estão previstos ainda encontros na Embaixada do Brasil, contatos com autoridades do governo japonês e do Conselho de Cidadãos do Consulado-geral brasileiro no país.
Os parlamentares permanecem no Japão durante toda a semana. O grupo é liderado pelo senador Marcelo Crivela (PMR-RJ) e pelo deputado João Magno (PT-MG). Eles receberam denúncias de que os brasileiros têm enfrentado discriminação nas escolas japonesas e dificuldade no acesso ao sistema de saúde.
Estima-se que 300 mil dekasseguis vivam no Japão. Por causa da dificuldade em conseguir emprego, tem aumentado o número de brasileiros presos por pequenos roubos. A maior parte dos dekasseguis trabalha nas indústrias automobilísticas, de componentes eletro-eletrônicos e de alimentação. Os salários estão na faixa de U$ 10 a hora, com uma rotina de aproximadamente 10 horas por dia.