A rumorosa prorrogação da cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2011 entrará na ordem do dia do Senado na próxima terça-feira. Em outras palavras, isso quer dizer que a matéria poderá ser votada em primeiro turno, pelo plenário da Casa.

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O presidente interino, senador Tião Viana (PT-AC), garante que a mesa estava pronta para colocar o assunto em votação e só não o fez na sessão de anteontem ao acatar uma decisão da base governista que alegou falta de quorum para a aprovação.

O líder Romero Jucá (PMDB-RR) argumentou que alguns colegas não puderam permanecer em Brasília em função de compromissos assumidos anteriormente.

A oposição, entretanto, diz que tem votos suficientes para derrotar o governo e arquivar em definitivo a cobrança do imposto do cheque, mas a comprovação somente será conhecida quando a votação terminar.

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Na seqüência da briga de gato-e-rato, a oposição aproveitou para refutar mais uma vez os comentários do presidente Lula, desta vez, considerados pelo senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) ?uma estultice?.

O presidente afirmou, em evento público no Pará, que ?se fosse para ajudar os ricos, muitos senadores teriam pressa de votar a CPMF?. Virgílio lembrou que ?se há alguém que entende de ricos, é o presidente Lula?. Para ele, basta testemunhar a alegria dos banqueiros diante dos lucros astronômicos que tiveram este ano, enfatizando que isso não teria ocorrido se a política econômica do governo fosse diferente.

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Para o senador amazonense, que caprichou nas tintas da ironia, a Febraban deveria erigir em praça pública uma estátua ao presidente Lula, reconhecendo-o como ?patrono? de sua vocação para o enriquecimento.