Começou há pouco o depoimento, na CPI dos Bingos, do advogado Walter Santos Neto, dono do escritório de advocacia MMS, de Belo Horizonte, suspeito de ter intermediado o recebimento da suposta extorsão de R$ 5 milhões que teria sido paga pela multinacional Gtech a grupos ligados ao governo para manter seus negócios com a Caixa Econômica Federal.
Antes do início do depoimento de Santos Neto, a CPI aprovou a convocação dos empresários José Roberto Colnaghi e Roberto Carlos Kurzweil.
Colnaghi é dono do avião Sêneca que teria transportado, entre Brasília e Campinas, dólares supostamente vindos de Cuba para a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência, em 2002. Ele é investigado também por suas relações com empresários angolanos e ex-assessores do atual ministro da Fazenda, Antonio Palocci, quando era prefeito de Ribeirão Preto. Kurzweil, um empresário de Ribeirão Preto, é apontado como intermediário de uma doação de R$ 1 milhão para a campanha de Lula que teria sido oferecida por dois donos de bingos em São Paulo, que se apresentaram como angolanos.