O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), cobrou nesta terça-feira (1.º) que as instituições responsáveis pela segurança e pelo tráfego aéreo no País dêem explicações consistentes à CPI do Apagão Aéreo, que será instalada na Câmara. Sem citar nomes, o deputado respondeu, ao ser questionado se a CPI trará problemas para o governo: "Sempre existem elementos de disputa política. Depois de tantos meses (de crise aérea), não é possível, não é crível que os órgãos não tenham um diagnóstico pronto e uma proposta de solução".
Chinaglia disse que "o momento é outro" e que os confrontos entre governistas e oposicionistas deverão ser menos intensos do que nas CPIs dos Correios e dos Bingos, abertas em 2005, no auge da crise que envolveu ministros do governo Lula e parlamentares da base. "A CPI na legislatura passada tinha muito mais de crise que de CPI", comparou.
Amanhã, o líder do PT na Câmara, Luiz Sérgio (RJ), vai reunir os vice-líderes para discutir os nomes dos petistas que participarão das investigações. O PMDB também deve anunciar amanhã seus representantes na CPI. O esforço dos governistas, que terão 16 das 24 vagas da CPI, será evitar a investigação de denúncias de irregularidades na Infraero.