CPI quer ouvir deputados acusados pela CGU

O sub-relator de sistematização da CPI dos Sanguessugas, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), pretende ouvir informalmente os quatro deputados cujos nomes surgiram nos levantamentos da Controladoria Geral da União (CGU) como tem apresentado emendas orçamentárias que beneficiaram empresas ligadas à máfia das ambulâncias.

Sampaio quer entrar em contato diretamente com os quatro e perguntar a cada um quais esclarecimentos desejam fazer sobre as emendas, mas sem notificá-los formalmente. "Dessa forma, a CPI não se exime de examinar as informações da CGU, mas não corre o risco de expor desnecessariamente esses quatro parlamentares, contra os quais não existem indícios de envolvimento", diz ele. "Trata-se de um estudo estatístico", completa.

Segundo Sampaio, o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), também integrante da CPI, concorda com a proposta, que será levada ainda amanhã ao presidente da comissão, deputado Antônio Biscaia (PT-RJ).

Na última semana, a Controladoria divulgou um estudo com nomes de parlamentares que tiveram emendas individuais executadas pelo esquema. Nela, surgiram, além de dezenas de parlamentares já investigados pela CPI, os nomes dos deputado.

Aroldo Cedraz (PFL-BA), Márcio Reinaldo Moreira (PP-MG), Arolde de Oliveira (PFL-RJ) e João Almeida (PSDB-BA), todos de partidos adversários do governo.

A ação da CGU foi interpretada pela oposição como uma tentativa de politizar os trabalhos da CPI. Nenhum deles foi citado por Luiz Antônio Vedoin, um dos chefes do esquema dos Sanguessugas, em seu depoimento. Também não figuram nos grampos da Polícia Federal.

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