CPI quer ”força-tarefa judiciária” para enfrentar o crime organizado

Integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Armas deverão se reunir ainda nesta semana com a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Ellen Gracie, para discutir a formação de uma "força-tarefa judiciária" com o objetivo de enfrentar o crime organizado.

A informação é do deputado Moroni Torgan (PFL-CE), que preside a Comissão e acrescentou que na maioria das vezes o juiz designado para atuar nesses casos é amedrontado e perseguido pelos "comandantes do crime, o que prejudica as ações".

Torgan disse ainda que a Comissão pretende tomar depoimentos de responsáveis pelas operadoras de telefonia celular, a fim de verificar se existe alguma forma de bloquear as faixas nas áreas dos presídios. Na opinião dele, não adianta bloquear algumas faixas de ondas e deixar outras, porque os líderes do crime organizado encontram as faixas livres para comandar ataques e o tráfico dentro dos presídios.

Na opinião do deputado, "as instituições do Estado precisam ter determinação para enfrentar o crime organizado. Não é hora de orgulho bobo. É hora de agir com firmeza contra essas organizações. Precisamos nos unir, não é hora de dispensar ajuda. Chega de ficar na defensiva".

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