CPI quer confirmar visitas a doleiro na prisão

A CPI dos Correios aprovou, nesta terça-feira,, em votação simbólica, requerimento que solicita à diretoria do presídio de segurança máxima de Avaré, interior de São Paulo, o livro de visitas com os nomes de quem se encontrou com o doleiro Antonio Oliveira Claramunt, conhecido como Toninho da Barcelona.

A proposta foi de autoria do senador Romeu Tuma (PFL-SP), que integrou a comitiva de 15 parlamentares que tomou hoje o depoimento do doleiro.

Assim que tiver a cópia do livro de visitas, os integrantes da CPI vão poder constatar a versão do doleiro de que recebeu a visita de advogados do PT no presídio. Segundo Barcelona, um dos advogados apresentou-se como amigo do deputado José Mentor (PT-SP) e queria saber se ele tinha mesmo revelações a fazer sobre contas do PT no exterior.

Na CPI do Banestado, da qual Mentor foi relator, Barcelona foi convocado a prestar depoimento à Comissão. Mas Mentor retirou o requerimento com a convocação do doleiro por temer, de acordo com Barcelona, o alcance de suas revelações.

Em cartas e contatos mantidos com a família e com seus advogados Toninho da Barcelona, que está condenado a 25 anos de prisão em três processos sobre lavagem de dinheiro, evasão de divisas e crimes tributários, afirmou que está disposto a contar o que sabe sobre remessas clandestinas que operou durante anos para políticos e partidos, entre eles o PT.

Considerado o maior doleiro do País, ele garantiu enviar dinheiro para o exterior desde a primeira campanha à presidência de Luiz Inácio Lula da Silva, em 1989.

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