Com 22 votos dos parlamentares presentes em plenário, a Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI) dos Correios decidiu há pouco quebrar o sigilo bancário, fiscal
e telefônico do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, sócio das
empresas SMPB e DNA, de Belo Horizonte, e suspeito de ser o responsável pela
distribuição do "mensalão" a congressistas. A CPI suspendeu as atividades até às
17h30, quando pretende votar a quebra do mesmo segredo das duas agências de
publicidade de Valério e também da ex-secretária dele Fernanda Karina Somaggio.
Antes, na parte da manhã, a comissão também aprovou a quebra dos sigilo
bancário, fiscal e telefônico do empresário Arthur Wascheck Neto, sócio da
empresa Comercial Alvorada de Manufaturados (Coman) e responsável pela gravação
do vídeo no qual o ex-diretor do Departamento de Contratação e Administração de
Material dos Correios Maurício Marinho é flagrado, supostamente, recebendo
propina de R$ 3 mil. A quebra do sigilo do publicitário estende-se pelo período
de cinco anos (de 2001 a junho de 2005). Um levantamento da bancada do PT indica
que as agências dele receberam durante o governo do ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso, em 2001 e 2002, R$ 39 46 milhões, enquanto no período de 2003
e 2004, da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o montante tomado foi
de R$ 14,82 milhões. Por isso, os petistas querem que a perda de sigilo
bancário, fiscal e telefônico das empresas também aconteça no período dos
últimos cinco anos. "Temos de avaliar todo este período para entendermos,
exatamente, qual poderia ser a extensão da atuação de Marcos Valério e que fique
claro que as investigações não podem ser concentradas somente nos últimos dois
anos", disse o deputado José Eduardo Martins Cardozo (PT-SP), membro da CPI.
CPI quebra sigilo de Marcos Valério Fernandes de Souza
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