O presidente da CPI dos Correios, Delcídio Amaral (PT-MS), anunciou há pouco que, na semana que vem, a CPI ouvirá oito pessoas. Na terça-feira, serão ouvidos Joel Santos, que gravou a conversa em que o ex-funcionário dos Correios Maurício Marinho aparece recebendo propina de R$ 3.000 00; Jairo Martins,que alugou o equipamento para gravação da conversa; e Arlindo Molina, que teria levado a fita com a gravação para o presidente licenciado do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ).
Na quarta-feira, a CPI tomará os depoimentos de três ex-diretores dos Correios: Antônio Osório (Administração, ex-chefe de Maurício Marinho); Eduardo Medeiros (Tecnologia) e Maurício Madureira (Operações).
Na quinta-feira, deverão depor Roberto Jefferson e seu genro, Marcus Vinicius Vasconcelos Ferreira, que teria pedido a Maurício Marinho para receber Joel Santos, que se apresentou como representante de uma multinacional no País. "Vai ser uma semana cansativa", previu o presidente da CPI. Ele informou ainda que, também na próxima semana, serão votados outros requerimentos de convocação de depoentes.
Diante de especulações sobre os motivos por que nem o ex-ministro-chefe da Casa José Dirceu, nem o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Luiz Gushiken, foram convocados até agora, embora haja requerimentos na CPI pedindo a convocação deles, Delcídio Amaral disse que "não é porque uma pessoa foi citada em algum depoimento que ela tem que ser convocada de uma hora para outra".
