Brasília – Os advogados Sérgio Wesley da Cunha e Maria Cristina de Souza, acusados de comprar o áudio de uma sessão reservada da Comissão Parlamentar (CPI) do Tráfico de Armas, serão ouvidos pela CPI amanhã (23) a partir das 14 horas. Os advogados são acusados de representarem integrantes do Primeiro Comando da Capital (PPC) e de terem repassado as gravações ao principal líder da organização criminosa, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola.
Em depoimento na CPI na semana passada, o técnico de som Arthur Vinicius Pilastre, ex-prestador de serviço à Câmara, confessou à CPI ter vendido a gravação por R$ 200 aos advogados. O técnico de som, que está sob proteção da Polícia Federal, estará presente à reunião e poderá prestar novos esclarecimentos aos parlamentares separadamente ou até participar de acareação com os advogados.
Embora a CPI já tenha aprovado requerimento para tomar o depoimento de Marcola, a data e o local ainda não foram definidos. Segundo o presidente da CPI, deputado Moroni Torgan (PFL-CE), a CPI deve decidir os detalhes amanhã. Alguns integrantes da comissão defendem que Marcola deva ser ouvido na penitenciária de Presidente Bernardes, em São Paulo, onde ele está preso.
