O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, no Chile, que não vai interromper o diálogo com a oposição por causa da CPI do Apagão Aéreo ou das críticas do PT aos tucanos. Lula disse não ter medo de CPI e insistiu em que o essencial é consolidar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Plano de Desenvolvimento da Educação. Prometeu, ainda, lançar um ‘paczinho social’ e outro ‘paczinho da saúde’.
"Se alguns setores da oposição precisam de CPI para fazer seu papel no Congresso, eu entendo isso como normal", declarou. Lula citou a queda das taxas de juros e o aumento das reservas do País, para dizer, em tom irônico, que compreende as razões dos adversários. "Enquanto a oposição pensa em fazer CPI, eu vou pensando em construir o Brasil", afirmou. "É assim que eu penso e não mudarei meu comportamento por causa de uma, duas, três ou quatro CPIs. Respeito a oposição e vou tratá-la como ela merece.
Ele não quis comentar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de mandar instalar a CPI do Apagão Aéreo na Câmara, alegando não ter o hábito de dar opinião sobre julgamentos. E procurou ainda amenizar a resolução do Diretório Nacional do PT, que critica seu governo e destaca que o partido fará ‘firme oposição’ aos governadores do PSDB. "A gente não pode secundarizar o prioritário. E o prioritário, neste instante, é consolidar o PAC e o Plano de Desenvolvimento de Educação. Vamos lançar também um paczinho de políticas sociais e outro paczinho de saúde."