CPI não aceitará manobras do governo, diz Efraim

O presidente da CPI dos Bingos, senador Efraim Morais (PFL-PB) disse que não vai aceitar manobras do governo "para proteger figurões que estiveram ou estão no governo" e tentar modificar o relatório final da comissão. "Se houver rolo compressor e o governo tomar uma atitude política, vamos responder com uma atitude política e prorrogar a CPI por mais 120 dias", disse o senador.

Os governistas da CPI dizem que o relatório tem de ficar restrito aos tema dos Bingos e rejeitam pedidos de indiciamento como do ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e do presidente do Sebrae Paulo Okamotto. Os petistas também não aceitam a decisão do relator, senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) de apontar motivação política para o assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel, em janeiro de 2002. Embora não digam claramente que o PT apresentará um relatório paralelo, Efraim Morais teme que esse recurso seja usado de última hora pelos governistas.

Ao chegar ao plenário da CPI, Efraim recebeu um abaixo-assinado entregue por funcionários de bingos, pedindo a legalização da atividade. Segundo os funcionários foram reunidas 500 mil assinaturas.

Hoje, CPI vai ouvir o depoimento de Elza Buratti, ex-mulher do advogado Rogério Buratti, que denunciou o esquema de desvio de verbas em prefeituras petistas para montar o caixa 2 do PT durante a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002.

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