Brasília – Dirigentes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas reúnem-se nesta terça-feira (19) à tarde para uma avaliação sobre as novas denúncias envolvendo o esquema e a tentativa de venda de um dossiê e a consequente prisão do empresário Luiz Antonio Trevisan Vedoin, sócio da Planam, empresa acusada de comandar o esquema de venda superfaturada de ambulâncias através de recursos do orçamento. A informação foi prestada pelo vice-presidente da comissão, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), que voltou nesta segunda-feira (18) à CPMI para manter contatos com autoridades sobre a tentativa de venda do dossiê.

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Segundo o parlamentar, amanhã mesmo os dirigentes da comissão devem solicitar formalmente ao Ministério Público Federal, a Justiça e a Polícia Federal todas as informações sobre as investigações feitas sobre o dossiê, os depoimentos tomados das pessoas envolvidas. "Vamos pedir o material referente a tudo que os Vedoins (Luiz Antonio e Darci Vedoin) entregaram à Justiça, ao Ministério Público e a Polícia Federal. Vamos solitar também todos os depoimentos que foram tomados no caso dodossiê", disse Jungmann. E acrescentou: "É importante a CPMI saber quais são as relações do esquema com a origem do dossiê, a origem do dinheiro (R$ 1,7 milhões) e o que está por trás disso tudo".

Raul Jungmann defendeu o fim da delação premiada (beneficio concedido a presos que colaboram com as investigações) aos Vedoins (Luiz Antonio eDarci Vedoin) par que eles retornem a cadeia. Luiz Antonio já está preso. "O Luiz Antonio está pertubando o andamento dos processos, os trabalhos da CPMI. Ele altera a ordem. Ele contribui para tumultuar todo o nosso trabalho. Entendo que ele deve permanecer preso. Efetivamente ele é uma ameaça às investigações e ao andamento dos nossos trabalhos, como de outras áreas e de outras esferas".

Jungmann voltou a defender cautela da CPI nesse momento. "É preciso saber o que aconteceu. Analisar toda a documentação. Está claro que há conexão entre o esquema da Planam e o dossiê. É preciso tirar a limpo de onde surgiu o dinheiro, mas isso deve ser feito com cautela e prudência". O vice-presidente da CPMI defende a convocação dos quatro envolvidos com o esquema do dossiê para prestarem esclarecimentos à comissão.

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