Brasília – A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas já notificou 13 dos 15 deputados que estão sendo investigados pelo suposto envolvimento no esquema de compra superfaturada de ambulâncias através de emendas parlamentares ao Orçamento. Os parlamentares notificados, cujos nomes não foram divulgados, porque o processo segue em segredo de justiça, têm, a partir de hoje, cinco dias para apresentar sua defesa por escrito à comissão.

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A assessoria da CPMI não informou por que os outros dois deputados não foram notificados para apresentar a defesa. As notificações começaram a ser feitas ontem (5). O prazo para apresentação da defesa encerra-se na próxima quarta-feira (12).

Na segunda-feira (10), sete integrantes da CPMI viajam para Cuiabá onde vão tomar o depoimento da ex-assessora do Ministério da Saúde Maria da Penha Lino, que está presa naquela cidade. Maria da Penha é acusada de ser a principal facilitadora da liberação das emendas parlamentares no Ministério da Saúde para a compra da ambulâncias superfaturadas.

No dia seguinte (11), os parlamentares ouvem o depoimento de Darci Vedoim, dono da empresa Planam, que vendia ambulâncias e equipamentos médicos para as prefeituras. Vedoim é acusado de ser o chefe do esquema. No mesmo dia, será ouvido o filho de Vedoim, Luiz Antonio Trevisan Vedoim, sócio da Planam.

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Integram a comitiva que vai a Cuiabá o presidente e o vice-presidente da CPMI, deputados Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ) e Raul Jungmann (PPS-PE), os deputados Fernando Gabeira (PV-RJ) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e os senadores Amir Lando (PMDB-RO), relator, e Sibá Machado (PT-AC).

Gabeira e Sibá deveriam viajar hoje para Cuiabá para acompanhar o depoimento de Luiz Antonio Trevisan Vedoim à Polícia Federal, mas foram impedidos por decisão do juiz da 2ª. Vara da Seção Judiciária Jeferson Schineider, que atendeu a petição do advogado de Trevisan Vedoin para não permitir a presença dos dois parlamentares. Eles adiaram a viagem para segunda-feira.

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Para Gabeira, foi natural a proibição a presença dos parlamentares no depoimento, que começou segunda-feira (3). "Acho quefoi acertada a decisão do juiz, porque Luiz Antonio Trevisan Vedoin está falando tudo que sabe desde segunda-feira", disse ele. "Se ele apresentou uma objeção a nossa presença, é razoável que o juiz tenha aceitado". O deputado disse que a ausência dos parlamentares no depoimento não prejudicará os trabalhos da CPMI.