Integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Sanguessugas começarão amanhã a recolher assinaturas para prorrogar por um mês as atividades da comissão, prevista para encerrar em dezembro, antes do recesso de final de ano. Se prorrogada, a CPMI se estenderá até 31 de janeiro, quando se encerra a atual legislatura.

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O deputado federal Fernando Gabeira (PV), sub-relator da CPI, o vice-presidente, deputado Raul Jungmann (PPS-PE) e a senadora Heloísa Helena (PSOL-AL) prometeram se empenhar para conseguir recolher as assinaturas de pelo menos um terço dos 594 membros do Congresso (513 deputados e 81 senadores), quantidade necessária para estender o prazo por mais um mês.

Após participar de um fórum sobre a Política Nacional Antidrogas na Assembléia Legislativa do Rio, Gabeira disse acreditar que os membros da CPI conseguirão prorrogar o término dos trabalhos. Caso seja prorrogada, a comissão terá mais um mês para concluir o relatório. "Acredito que conseguiremos porque a Polícia Federal também prorrogou o prazo dos inquéritos", disse Gabeira. "O mais importante agora é podermos avançar nas investigações sobre a origem do dinheiro para a compra do dossiê contra os tucanos", detalhou ele.

A Polícia Federal investiga 84 parlamentares, dos quais 12 já foram indiciados e podem responder processo no Supremo Tribunal Federal. No Congresso, apesar de, em agosto, o relatório parcial da CPI ter recomendado a cassação de 72 membros, o Conselho de Ética da Câmara tende a absolver a maioria dos acusados. A Corregedoria do Senado já fez o mesmo por considerar não haver provas suficientes para cassar o mandato dos três senadores investigados: Magno Malta (PL-ES), Ney Suassuna (PMDB- PB) e Pedro Henry (PP-MT).

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A CPI dos Sanguessugas investiga a participação de congressistas num esquema de fraudes na compra de ambulância superfaturadas para Estados e prefeituras com recursos provenientes de emendas.