A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga denúncias de corrupção nos Correios aprovou a convocação de mais três pessoas para prestar depoimento. Na próxima terça-feira, a partir das 10 horas, depõe a mulher do publicitário Marcos Valério, Renilda Santiago de Souza.

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Os integrantes da CPI também decidiram por unanimidade requisitar ao Supremo Tribunal Federal (STF) cópia do processo da Polícia Federal que apreendeu, na semana passada, documentos do arquivo morto do Banco Rural em Minas Gerais. Trata-se de uma lista com mais de 120 nomes de pessoas que realizaram saques no banco nos últimos dois anos. O processo está no STF porque na lista constam nomes de parlamentares, que têm foro privilegiado.

Os parlamentares resolveram também chamar para depor no dia 2 de agosto a secretária de Finanças da SMP&B, Simone Reis, que teria sacado mais de R$ 6 milhões do Banco Rural, e o policial civil mineiro Davi Rodrigues Alves, que teria feito saques de quase R$ 5 milhões no mesmo banco. "Com a documentação do STF, teremos um vasto material para interrogar a secretária do Marcos Valério, por isso, entendemos que seria melhor a Simone (Reis) vir apenas em agosto", afirma o deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA).

Também foram aprovados os requerimentos de busca e apreensão dos computadores e agendas utilizados por Simone Reis e a cópia das fitas do sistema interno de segurança desde 2003 do Brasília Shopping, onde fica a agência do Banco Rural na capital federal.

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Outras medidas aprovadas por deputados e senadores foram o pedido de abertura de sindicância para investigar o desaparecimento de documentos da comissão e esclarecimentos dos dirigentes da empresa GDK. A CPMI quer saber se o veículo Land Rover de propriedade do secretário-geral licenciado do PT, Silvio Pereira, foi doado pela empresa baiana. "Esse esclarecimento poderá ser entregue por ofício", disse o relator comissão, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR).