CPI dos Correios ouve primeiro depoimento do dia

Começou há pouco o depoimento de Jairo Martins à Comissão Parlamentar Mista de
Inquérito (CPMI) que investiga denúncias de corrupção nos Correios. Ele seria o
responsável pelo equipamento de gravação que flagrou o ex-chefe do Departamento
de Contratação e Administração de Material dos Correios, Maurício Marinho,
recebendo R$ 3 mil e falando sobre um suposto esquema de corrupção na
estatal.

Martins havia pedido que seu depoimento fosse sigiloso, mas a
Comissão votou e decidiu que o depoimento fosse aberto à imprensa. Martins
afirmou que está sofrendo ameaças desde o caso André Luiz e já retirou sua
família de Brasília. Martins era apontado como autor da gravação que levou à
cassação do ex-deputado André Luiz (RJ). O parlamentar foi cassado por denúncias
de tentar extorquir R$ 4 milhões do empresário Carlos Cachoeira.

Ao
contrário do que disse Artur Washeck, que disse ser o mandante da gravação,
Martins afirmou que ambos sempre tiveram interesse em divulgar o conteúdo da
fita à imprensa. Martins disse ainda que seu interesse em fazer a gravação foi
jornalístico.

Devem ser ouvidos ainda hoje os depoimentos de José
Fortuna Neves, ex-agente do Serviço Nacional de Informações (SNI), que afirmou,
em depoimento à Polícia Federal, que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin)
investigava os Correios a pedido da Casa Civil; Edgar Lange, agente da Abin
conhecido como "Alemão" que, de acordo com Fortuna, é quem teria contado a ele
sobre a participação da Casa Civil nas investigações.

Já Caisser Bittar,
que teria apresentado o empresário Arthur Washeck (suposto mandante da gravação
nos Correios) a Jairo Martins, não comparecer à sessão da CPI.

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