CPI dos Correios: doleiro só conta o que sabe depois de fechar acordo com o MP

O doleiro Toninho da Barcelona só deve contar tudo que sabe aos parlamentares da CPI dos Correios após fechar um acordo de delação premiada com o Ministério Público.

A informação é do seu advogado Ricardo Sayeg, que está na delegacia da Polícia Civil de São Paulo, onde seu cliente será interrogado por alguns integrantes da CPI. "Infelizmente, antes deste prévio acordo com o Ministério Público, ele não tem condições de falar", afirmou Sayeg.

De acordo com o advogado, no curso da ação penal que condenou Barcelona, o doleiro teria tentado um acordo de delação premiada e não foi bem-sucedido. "Ele precisa destas garantias para poder falar, mas ele quer falar na CPI para toda população. Sayeg garantiu que a postura de Barcelona não é a de quem quer tentar uma barganha com a polícia e o Ministério Público, pois ele tem convicção de que é um preso político", disse.

O advogado disse já ter feito requerimento formal ao Procurador Geral da República, solicitando a colaboração voluntária e o juiz federal de Curitiba. Mas argumentou que é preciso primeiro ter o acordo prévio com o Ministério Público.

Segundo declarações do Senador Demostenes Torres (PFL-MT), a CPI está disposta a ouvir tudo o que Barcelona tem a falar, mas se ele aguardar o acordo de delação premiada para contar o que sabe não haverá tempo e nem disposição da CPI para ouvir o doleiro, posteriormente.

"A notícia que temos é que ele (Toninho da Barcelona) tem o que dizer e tem o que contar. Ele nos chamou aqui para prestar depoimento e se quiser deixar para depois, não vamos ouvi-lo, porque não há tempo para idas e vindas", disse o senador.

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